Mundinho de Pietra: 2010

Quer saber como seria ganhar um filho repentinamente? Ou até onde ir para realizar o desejo de alguém querido?

Em "Juntos pelo acaso" (Life as we know it), a solteiríssima Holly está à procura de um príncipe encantado e sabendo disso, amigos promovem um encontro com Messer, uma pessoa despreocupada e descompromissada – um pouco galã e muito mulherengo. Achou complicado? Você nem imagina o que vem depois...

Os amigos se casam, tem uma linda filhinha e deixam no testamento – caso algo de muito ruim aconteça a eles – a tutela deste "docinho" para o casal de protagonistas. Detalhe: eles não se suportam e desconhecem tal informação!

Além disso, a vizinhança local é do tipo que queremos ver bem longe, mas que está sempre por perto, dando opinião e conselhos desnecessários, além de aparecer em momentos estratégicos.

O conselho tutelar também está na cola de Holly e Messer, para saber suas habilidades e os pormenores de seu cotidiano. Enfim, ser responsável por uma criança implica em uma mudança repentina em todas as áreas daqueles que se envolvem com ela, especialmente em relação aos aspectos psicológicos.

Um "boom" no orçamento, a complicada arte de dar papinhas, visitas ao pediatra – que neste caso nem é tão ruim - a perda de oportunidades na vida social e amorosa, o monopólio da televisão e um peso enorme de responsabilidade que nunca acaba. Resumindo, uma verdadeira loucura!

A produção é uma história de idas e vindas, mistura de comédia romântica com uma pitada de drama. Mas, quanto mais a trama se desenrola, maior a torcida pelo final clichê – inevitável.

Assista, divirta-se e emocione-se! Veja que a vida tem seus altos e baixos e que, à vezes, um aparente transtorno pode se tornar algo maravilhoso e único...

Recomendo!

Se eu fosse um homem responderia algo como “mulher é o que eu gosto” ou, ainda, dois cromossomos X. Mas, acho que não seria bem por ai que essa discussão se desenrola. Mulher é mais que isso, é objetividade e subjetividade. É mais do que simplesmente saber a hora de se tornar um mulherão.

Dentre tantas coisas, é sangrar aproximadamente por sete dias todo mês, chorar sem causa, fingir ou lutar com todas as forças por estar de TPM – o que se pode ler como Todos os Problemas Misturados – é agüentar todas as cólicas em um dia de trabalho, perceber que o seu corpo esta inchado e não poder fazer nada, mas, se apavorar na hora, mesmo sabendo que dentro de alguns dias volta ao normal. Ah, sem contar que é agüentar a cera quente na pele, primeiro queimando e depois arrancando, ou seja, a famosa depilação [que dói mesmo]. E, há quem diga que é ter um primo tarado, um amigo gay, comer uma barra de chocolate na hora da ansiedade e uma folha de alface de vaidade.

É ser esquisita mesmo. Sangrar por aproximadamente sete dias e não morrer. Ao contrário, voltar mais forte ainda, cheia de vida. É se equilibrar em um salto de 15cm por horas, com os pés doendo e não reclamar por isso ou, reclamar e não tirar o calçado. É saber que o famoso sapato lindo vai machucar os pés e mesmo assim ir pra balada com ele. É querer que o cara ligue no dia seguinte, ou não. Dependendo da noite é fazer questão que não peça o telefone.

Ser mulher é viver intensamente. Ser mulher é conseguir com que os homens formulem uma idéia de você na cabeça. É fazer tudo que os homens fazem e de salto alto. É não deixar as tarefas para trás e fazer mais de uma coisa por vez. É saber se achar entre as incertezas. É saber que é linda, é querer ser [mais] sexy ou dizer “cansei de ser sexy”. É querer ser entendida e desfrutar da liberdade [as vezes sem limites]. É ser independente.

É fazer biquinho, é surpreender. É pedir nada ou muita coisa em troca. É querer carinho, atenção, cafuné antes de dormir ou, é querer ver alguém dormindo – e achar bonitinho –. Mulher também significa cuidado e, se você homem, souber cuidar de uma mulher, ela cuidará muito bem de você também. É chorar de vez em quando e querer ter alguém que compreenda e seque as lágrimas. Ou, chorar por um idiota.

É querer ser respeitada como uma mulher e não somente se sentir um objeto de desejo. Mas, ser mulher também é sentir-se desejada. É ser frágil e saber que isso tem limites. É ser doce, ter lábios doces. É nem sempre ser sensível, entretanto, é sentir, sempre. É sentir falta de alguém que não existe. É acreditar em homens e pensar que existe um que um dia vai levá-la as alturas. E, enganá-los também. Fazer com que eles acreditem na gente e, levá-los as alturas.

Quer que uma mulher te ame? Ame ela primeiro. Demonstre. Ser mulher [e isso serve para os homens também] é saber que ex-namorada não serve para ser a melhor amiga e dependendo, nem uma amiga muito próxima. Ser mulher é confundir a cabeça de um cara [e mulheres sabem muito bem como fazer isso].

Entre essas milhares de coisas já citadas, não pode esquecer que ser mulher é querer que algum homem – em especial – note-a em alguma coisa e, depois faça um comentário sincero e bonitinho. Ser mulher é querer proteção. É ter desejos. É sentir os hormônios fervendo e não monopolizá-los. É querer ser tocada de uma forma diferente [não importa como]. É cometer loucuras num intervalo de tempo indeterminado.

É ter poder de fogo. Sair a francesa quando precisa. Falar sacanagem, discutir a relação, sem medo. É ter força. Força interior. É dominar a arte da sedução. É pensar em sexo. É interpretar, dramatizar. Ser mulher é ter sentimentos distintos por pessoas iguais. É querer parecer ser frágil diante de algumas situações. É querer que um homem abra a porta para ela entrar, querer que a faça a rir ou, chorar, de rir. É querer ouvir e falar sacanagem quando não pode. É querer repetir tudo isso e mais um pouco.

Agora, perguntem o que realmente uma mulher quer. Quer que os homens, enfim... Deixem tudo isso de lado – é assunto pra outra discussão –. Para qualquer coisa que falarem, com certeza, ser mulher é muito mais do que isso. E, acho que nós mesmas não sabemos quem realmente somos, mas, com certeza, podemos fazer mais do que aquilo que achamos e ser bem mais interessante do os homens acham [afinal, não temos só peito e bunda]. Somos mais do que só um corpo bonito e do que ser chamada de violão ou de avião – entre outros adjetivos –. Somos mais do que aquelas meninas em inicio de namoro, quando não vivemos só de sexo, mas, temos consciência de que ele faz parte.

E, não importa se você homem seguir todas as nossas regras, vocês sempre vão errar, por que, ser mulher, também é querer se preservar. É confusão. E, bem, no final das contas, você vai perceber que, ser mulher não tem definição, ser mulher é um misto de sentimentos e atitudes que se fundem em um ser só perfeito, delicado ou explosivo, ditas “normais” ou puramente com desejo sexual.

Um dia, você vai perceber que ser mulher não se explica e que, uma mulher, você sente ou se sente.

PS: ser mulher é estar aqui, no sábado de madrugada, as 03h39min da manhã corrigindo os erros de português e concordância de um texto antigo para alimentar o blog.